Antes de começar
a resenha preciso dar algumas... Explicações.
E antes de começar aviso: o post ficou BEM extenso, mas vale a pena conferir.
Bom se você me
conhece sabe qual minha opinião sobre romances/dramas/tragédias, mas se você não
me conhece preciso dizer que sou aquariana e me identifico em todos os quesitos
com a personalidade deste signo, entre eles a de que eu NÃO sou uma garota romântica,
veja bem: os aquarianos são amantes da liberdade, criativos, modernos, inovadores,
odeiam melação e blábláblá... Logo, EU Mayara, não gosto de romance daqueles
trágicos a lá Nicholas Sparks [olha fãs de Sparks não me crucifiquem eu li
quase todos os livros dele publicados aqui no Brasil, inclusive comprei alguns,
é apenas uma questão de estilo literário ok?!] e muito menos dramas familiares.
Eu nem saberia dar uma razão decente para ‘não’ gostar deste estilo de livro,
talvez seja porque para mim a vida é cruel e dura demais e os livros são uma
maneira de fugir desta dura realidade, a minha maneira, e se eu quero fugir da
realidade nada mais lógico do que fugir dos livros que retratem esta realidade,
esta dor na maioria dos casos CERTO?!
Ok, você devem me achar uma louca, mas o fato é que eu sei quando um
livro me prende de tal forma na vida das personagens que eu não consigo parar
de ler, assim como sei quando um livro se torna maçante para mim.
E agora vamos a
Sarah, bem Just Listen não foi minha primeira experiência com a autora. Eu li ‘A
Caminho do Verão’ no inicio do ano e eu gostei mais ou menos, não foi OHHHHHHHHHHHHHH! Na verdade eu demorei a ler
e me enrolei, a história às vezes me cansava e o pai da protagonista me
irritava profundamente, porém eu persisti no livro e li todinho e foi ‘bonzinho’.
Na verdade Eli salvou o livro para mim com seu carisma. Mas nada comparado
a Just Listen... Porque por mais que você não curta um drama familiar, um romance
com tragédia, um livro mais pesado e mais perto da nossa realidade e dos
problemas que somos acostumas a ver nos noticiários e no nosso dia-a-dia,
SEMPRE tem aquela historia que te toca profundamente, aquela que você não da
nada e simplesmente não consegue acreditar porque não leu antes, sem
expectativas você vai lendo e se encanta e se envolve com a história das
personagens de tal forma que dificilmente eu imaginaria acontecer com ESTE
livro, com ESTE tipo de enredo. E como é bom estar enganada. E como é bom surpreender-se.
E agora sim a
resenha.
Ok Ok, antes
quero falar da capa. Gente a capa é estranha, para não falar nada pior, a idéia
é boa, mas ela ficou estranha. A menina, que deve representar a Annabel, está
estranha, com tatuagem seriously?!?! Cabelo curto? Mais pra escuro? Me poupe
né. Acho que ela espanta o leitor, sério não olhem pela capa o conteúdo do
livro é muito bom, e eu estou muito contente que a Editora ID vai lançar os livros
da autora daqui para frente, pelo menos as capas serão, no mínimo, bonitas. Agora sim a resenha...
Annabel é uma
garota que, aparentemente, tem tudo o que uma garota no ensino médio deseja:
aspirante a modelo, popular, rodeada de amigos... Mas as aparências enganam.
Quando tinha
seus 12 anos Annabel era a melhor amiga de Clarke, ela não tem muito destaque
no livro, mas acredito que foi muito importante na construção da história, e
quando Sophie muda-se para a cidade a vida de Annabel muda rapidamente. Da
garota tímida, amiga de Clarke e escondida para a popular da escola. Sempre a
sombra de Sophie, claro. E durante anos, Sophie e Annabel, foram inseparáveis e
melhores amigas. Até que em uma festa Annabel é pega no flagra com o namorado
da amiga e é aí que a vida de Annabel muda novamente.
Annabel tem um
problema, ela não consegue encarar conflitos e quando eles surgem simplesmente
prefere se esconder, se esquivar, fugir... Mesmo que para isso tenha que mentir.
Mas as férias de verão passaram e está na hora de voltar para a escola e encarar
Sophie. Taxada de ‘vadia’, Annabel isola-se de todos, encontrando companhia em
Owen, o último garoto com quem ela imaginaria conversar.
Owen é o garoto
problemático que se meteu em uma briga, foi preso e passou pelo programa de
controle de raiva, e é nele que Annabel encontra um amigo de verdade. Owen é
fofo, verdadeiro e encanta qualquer um que leia o livro com sua sinceridade e
praticidade e é ele quem ajuda Annabel a enfrentar estes conflitos dos quais
ela tanto foge.
A família de Annabel consiste em: Kirsten a irmã mais velha, aquela que não
mede o que fala e não foge dos confrontos, pelo contrário é causadora da maior
parte deles; Whitney, a do meio, com uma fúria silenciosa sofre de anorexia, doença
que é ignorada pela família; a mãe, que sendo filha única fica depressiva após a
perda de sua mãe, avó de Annabel, e na recuperação faz de sua vida a carreira
de modelo das filhas, sim no plural; o pai é o que tenta manter a ordem e
Annabel é a que foge dos conflitos, evita dar aborrecimentos a mãe por medo que
ela possa voltar para a fase da depressão, então guarda todos os seus
sentimentos dentro de si.
E neste meio a história se desenrola. Em Owen Annabel encontra apoio para se redescobrir e
vai tomando coragem para falar, sim
falar, falar a verdade. A verdade para os pais, a verdade sobre aquela
noite, aquela terrível noite...
Acho que já
falei demais. :O
Enfim, a
narrativa foi me conquistando a cada página e muito rápido e, para quem pegou o
livro ‘só’ para alternar entre Maze Runner, coitado ele ficou abandonado lá no
canto, me vi envolvida com a história, foi emocionante. Torci pela Annabel e
por Owen e por cada personagem, para que enfrentassem seus medos e se
libertassem e o final foi o que deveria ter sido. Nem mais e nem menos. Foi
simples, romântico, verdadeiro e lindo...
Just Listen nos
mostra como é importante desabafar, e como pode ser ruim guardar tudo para
si... Nos mostra a importância da amizade e da família, a importância de
encarar seus problemas que por pior que seja sempre terá uma solução. Sarah Dessen
conquistou um lugar na minha estante e no meu coração e eu não vejo à hora de
ser arrebatada novamente por ela em mais uma história linda e apaixonante como
esta. E é claro que eu recomendo, leiam e voltem me contar a experiência de vocês.
0 comentários:
Postar um comentário